Dia 2 de novembro, 1º grande swell da temporada de ondas grandes no Pacífico Norte. Enquanto a maioria dos big riders decidiam entre o campeonato de Mavericks na remada ou o de tow in em Cortes Banks, as ondas havaianas ficaram para quem habita suas ilhas do arquipélago.
Waimea, em Oahu, funcionou, mas segundo fontes locais, com menos de 15 pés. Com grande influência de Norte, o swell entrou com força em Maui e proporcionou que bancadas raras funcionassem com perfeição.
A lendaria direita de Honolua Bay foi um desses casos. A intensidade da ondulação fez com que sessões adormecidas acordassem e mostrassem a sua força.
O brasileiro Marcio Freire botou pra baixo de 10’4” em Subs, a primeira sessão da onda, onde a ondulação entra com mais tamanho.
"O outside de Subs, em Honolua Bay, foi a minha decisão. Cheguei a checar Peahi na primeira luz do dia com minha 10'4" mas decidi em não cair por lá. Com uma mensagem longa exaltando as ondas do Subs deixada no meu celular pelo havaiano Ekolo Kalama, parti batido pra Honolua Bay.
Chegando lá as ondas estavam enormes, com 12 pés havaianos ou mais, e sem ninguem no pico. As minhas ondas surfadas foram desde lá de fora. Foi demais poder surfar sem o crowd e desfrutar o primeiro swell realmente grande nesta ótima temporada de Hawaii", comentou Marcio.
Outra bancada que adora essa direção de swell é o Pier one. O Tow in predominou no pico e muitas duplas estavam disputando as perfeitas diretas. Yuri Soledade esteve lá para desfrutar das vagas.
Esse também foi o dia da abertura da temporada em Jaws, e por esse motivo, havia pouco crowd, o que fez a alegria das poucas duplas naquela manhã. Destaque para Tyler Larronde, de 16 anos, que puxava o limite a cada onda. Depois trocou de posição e pilotou o jet sky, botando seu Pai em algumas também.
Francisco Porccella também teve as suas bombas, assim como Marlon Lewis. O shaper de Maui, Matt "Kazuma" Kinoshita, botou seu filho de 14 anos em ondas de deixar qualquer marmanjo com receio.
Também estavam presente Reno Makani, Dave Stain e os brasileiros radicados em Maui Tiago Candelot e Laerte "Nena" Pegoraro.
"Chegamos na Maliko ao amanhecer do dia e apesar de algumas duplas estarem indo para Pier one, preferimos pegar a direção contraria e partir em direção à Jaws. Ao chegar no pico e ver as condições pesadas com pouco crowd, nos preparamos para a sessão, o que foi um bom treino para os próximos swells", comentou Laerte.
A tarde do mesmo dia o swell diminuiu um pouco mas o vento também, proporcionando condições muito boas para a prática do surfe rebocado.
Os argentinos Daniel Silvagni, Max de Castro e o peruano Aldo Ciccia formavam uma equipe com duas máquinas. Tiago formava o outro time com o argentino Lole e a terceira e última dupla daquele fim de tarde eram os havaianos Bobo e Dani Pescador.
"Saímos para Pier One pela manhã com uma máquina que não estava em bom funcionamento. Chegando lá as ondas estavam muito boas, mas muito crowd. Voltamos para a Maliko e após um descanso esperando o vento baixar voltamos para água para uma session em Peahi, desta vez com duas equipes, Tiago e Lole e Maxi e Aldo, que veio do Peru somente para o swell", comentou Silvagni.
O dia seguinte seria para pegar a rebarba do swell, mas apesar de menor, ainda entravam boas ondas. A comunidade sul-americana de Maui dominou o outside.
Os Brasileiros Yuri Soledade, Alfredo Villas Boas e Patrick de Billy faziam time com o americano Warren. Também com dois jet skis, os Argentinos Daniel Cafezito, Maxi e o peruano Aldo formavam o outro time.
O shaper Sean Ordonez, colombiano residente em Maui, botava Tiago em algumas boas. Representando o Hawaii novamente, Bobo e o pescador Dani chacoalharam a poeira dos meses de espera.
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