terça-feira, 25 de setembro de 2012

Milhares de pessoas passam em Huntington Beach durante o evento  
Milhares de pessoas passam em Huntington Beach durante o evento ASP

No próximo ano, a Nike, Hurley e Converse não irão patrocinar um dos mais mediáticos eventos de surf do mundo.


A Nike, Hurley e Converse não vão renovar o patrocínio para U.S. Open of Surfing em 2013, criando um futuro incerto para aquele que é um dos maiores festivais de surf do mundo.

Quando a Hurley se retirou em 2009 e o controlo do U.S Open foi assumido pela Nike, foi feita uma enorme restruturação: os melhores surfistas do mundo apareceram, está muito mais em causa, um prize money maior, o público aderiu em massa, cerca de um milhão de pessoas passaram por lá em 9 dias, houve concertos grátis de bandas como os MGMT, Weezer, entre outros. Tornou-se mega e deu que falar novamente.

Esta notícia foi encarada com muita surpresa por parte do meio do surf, e a marca que vier a seguir terá a fasquia muito alta.

Com Bob Hurley, criador da marca Hurley, num avião para o Hawai, o vice-presidente do marketing Evan Slater deu algumas declarações por email ao site Orange County:

"O objectivo quando começaram o patrocínio em 2009 era fazer o melhor evento de surf do Verão e voltar a colocar Huntington Beach no centro do universo do surf. Esse objectivo foi cumprido com um milhão de pessoas a aparecer e o top 32 a competir num altíssimo nível de competição nunca visto." disse Evan Slater em resposta por email.

"Gostamos de inovar, por isso, decidimos exportar o que criámos no U.S Open of Surfing e investir noutros aspectos do nosso negócio, como os nossos atletas e novas formas de chegar a milhares de crianças"

Antes de tomarem conta do evento, apenas 5 surfistas do World Tour iam lá competir. Depois tiveram 30 surfistas do top 32.

"Tentamos tornar tudo mais divertido e tratar os atletas como eles merecem. Isso tornou tudo melhor para toda a gente. Os atletas estavam mais felizes, surfam melhor, interagem mais com o público, as pessoas têm mais vontade em vir e participar em tudo no evento. Está tudo interligado.

Vamos continuar a apoiar o Australian Open of Surfing e penso que vamos ser sempre a marca de Huntington Beach. A nossa relação com a cidade vai muito para além do U.S Open. Estamos muito orgulhosos do que fizemos nos últimos 4 anos estamos ansiosos por ver outra marca tomar conta de tudo e continuar com este evento de uma forma espectacular." , concluiu.

As expectativas estão altas e a curiosidade em saber qual será o próximo patrocinador deste mega evento também. Fica atento às novidades, aqui na tua SurfTotal.

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Heitor voa e, com aéreo 'rodeo' nota 9,00, se mantém vivo em Trestles

Cearense derrota californiano Kolohe Andino e se garante na terceira fase, juntando-se a Mineirinho e a Medina. Alejo também segue na briga

Por GLOBOESPORTE.COM San Cl
Heitor Alves decolou nas ondas de 1m em Trestles e, com uma única manobra, ganhou uma nota 9,00 que lhe manteve vivo na sexta etapa do Circuito Mundial. Mas não foi aéreo qualquer. O cearense acertou um "rodeo" (girando) 540 graus, de backside, virou contra o californiano Kolohe Andino e se garantiu na terceira fase. No ano passado, Heitor, abusando sempre dos aéreos, chegou às semifinais do campeonato.
Heitor Alves, Natação (Foto: Agência EFE)Heitor Alves voa em Trestles e avança para a terceira rodada do campeonato (Foto: Agência EFE)
A outra nota de Heitor era 5,50. Kolohe, com 6,93 e 7,40, se despediu da competição. Heitor se junta a Gabriel Medina e a Adriano de Souza, o Mineirinho. Os dois venceram na estreia e passaram direto à terceira fase. No fim do dia, Alejo Muniz venceu o havaiano Fred Patacchia e também segue na briga pelo título. Miguel Pupo e Jadson André foram eliminados.
Jadson perdeu para o australiano Julian Wilson. Foi uma bateria apertada (14,63 x 14,27) e com notas que geraram reclamações.
- O homem não é justo mas aquele lá de cima sim - escreveu Jadson, em seu perfil em uma rede social.
Sempre alfinetando a Associação dos Surfistas Profissionais (ASP), o havaiano Fred Patacchia, antes de enfrentar Alejo, esbravejou.
- Alguém mais acha que o Jadson deveria ter vencido aquela bateria? - perguntou.
Entre os gringos, a maior decepção foi a eliminação de Owen Wright, terceiro do Mundial do ano passado. Em sétimo na temporada 2012, o australiano perdeu para Taylor Knox, americano de 41 anos e 32º do ranking.
 

Segunda fase/repescagem em Trestles:
1. Joel Parkinson (AUS) 15,83 x 10,73 Conner Coffin (EUA)
2. John John Florence (HAV) 14,37 x 13,93 Evan Geiselman (EUA)
3. Taylor Knox (EUA) 12,16 x 10,60 Owen Wright (AUS)
4. Jeremy Flores (FRA) 17,63 x 16,93 Patrick Gudauskas (EUA)
5. Julian Wilson (AUS) 14,63 x 14,27 Jadson André (BRA)
6. Matt Wilkinson (AUS) 14,66 x 11,30 C.J. Hobgood (EUA)
7. Heitor Alves (BRA) 14,50 x 14,33 Kolohe Andino (EUA)
8. Damien Hobgood (EUA) x Adam Melling (AUS)
9. Travis Logie (AFS) 12,93 x 11,77 Miguel Pupo (BRA)
10. Brett Simpson (EUA) 15,83 x 12,70 Kieren Perrow (AUS)
11. Alejo Muniz (BRA) 16,30 x 15,90 Fredrick Patacchia (HAV)
12. Kai Otton (AUS) 16,50 x 16,27 Tiago Pires (POR)

Terceira fase em Trestles:

1. Kelly Slater (EUA) x Matt Wilkinson (AUS)
2. Julian Wilson (AUS) x Alejo Muniz (BRA)
3. Taj Burrow (AUS) x Adam Melling (AUS)
4. Jeremy Flores (FRA) x Kai Otton (AUS)
5. Heitor Alves (BRA) x Adrian Buchan (AUS)
6. Mick Fanning (AUS) x Dusty Payne (HAV)
7. Joel Parkinson (AUS) x Taylor Knox (EUA)
8. Gabriel Medina (BRA) x Michel Bourez (TAH)
9. Josh Kerr (AUS) x Bede Durbidge (AUS)
10. Adriano de Souza (BRA) x Travis Logie (AFS)
11. Jordy Smith (AFS) x Brett Simpson (EUA)
12. John John Florence (HAV) x Yadin Nicol (AUS)
emente, EUA

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

  

Tâmega e mais quatro brasileiros vão às quartas em etapa do Mundial no Rio

No feminino, seis brasileiras avançam para o último dia de competições no Rio Bodyboarding International, que acontece neste domingo...

Por GLOBOESPORTE.COM  
Rio de Janeiro
    

    
       O sábado de sol forte na Praia de Copacabana foi bom para os brasileiros na disputa do Rio Bodyboarding International. Dos oito classificados para as quartas de final da competição masculina, cinco são do Brasil, entre eles o carioca Guilherme Tâmega, hexacampeão mundial, e o baiano Uri Valadão, campeão em 2008. No feminino, são seis brasileiras nas quartas. O último dia de competição acontece neste domingo, a partir de 7h15m.
- Essa etapa é muito importante para mim. Eu não consigo ver outra pessoa sendo campeã senão eu. É uma questão de honra, de orgulho e satisfação para mim. Estou com a torcida ao meu favor e quero usar isso. Em termos de satisfação, esse evento para mim é tão importante quanto ganhar em Pipeline - disse Tâmega.
Bodyboard Mundial de Copacabana Guilherme Tâmega (Foto: Pedro Monteiro/Adding)Guilherme Tâmega avançou para as quartas de final da etapa em Copacabana (Foto: Pedro Monteiro/Adding)


No feminino, a cearense Isabela Sousa deu um grande passo na busca pelo bicampeonato, já que o evento é válido como Grand Slam Feminino, status máximo de uma etapa. Ela, porém, prefere manter a cautela. A atual campeã mundial, a basca Eunate Aguirre, também segue no campeonato.
- Não gosto de ficar pensando em quem passou em uma bateria e nem torcendo contra ou a favor de ninguém. Quando a minha bateria acaba procuro desligar das demais competidoras que estão disputando o título comigo e já focar na próxima. Amanhã terei uma pedreira pela frente contra a Jéssica (Becker), uma adversária bem forte, espero surfar bem nessas condições e passar minha bateria. Tomara que dê tudo certo - ressaltou Isabela.
No masculino, o Rio Bodyboarding International conta pontos para o Global Qualifying Series, a divisão de acesso; no feminino, para a divisão de elite.
Bodyboard Mundial de Copacabana Uri Valadão (Foto: Pedro Monteiro/Adding)       Uri Valadão espera uma onda durante a disputa neste sábado em Copacabana (Foto: Pedro Monteiro/Adding)
 
Quartas de final – Masculino:
1 - Benslimane Adnan (MAR) x Yoan Floantin (FRA)
2 - Roberto Bruno (BRA) x Eder Luciano (BRA)
3 - Guilherme Tâmega (BRA) x Luis Villar (BRA)
4 - Brahim Iddouch (MAR) x Uri Valadão (BRA)
Quartas de final – Feminino:
1 - Maylla Venturin (BRA) x Soraia Rocha (BRA)
2 - Isabella Sousa (BRA) x Jessica Becker (BRA)
3 - Eutane Aguirre (EUK) x Maira Vianna (BRA)
4 - Joselane Amorim (BRA) x Luz Marie Grande (PRI)
 

sexta-feira, 31 de agosto de 2012


Em 'paredes' de 6,5 m, Burle fatura
o Mundial de ondas grandes do Peru

Gordo, Marcos Monteiro e Danilo Couto são eliminados na primeira fase

Por GLOBOESPORTE.COM 
Pico Alto, Peru


Carlos Burle Mundial Peru (Foto: Gonzalo Barandiaran/Billabong.com)Burle encara ondas de 6,5 metros para vencer o Mundial do Peru (Foto: Gonzalo Barandiaran/Billabong.com)

O brasileiro Carlos Burle é o grande campeão da primeira etapa do circuito mundial de ondas grandes na remada, o BWWT, encerrada nesta terça-feira, em Pico Alto, no Peru. Em uma final com "paredões" de 6,5 metros de altura, o surfista de 44 anos derrotou os americanos Greg Long e Ken Collins, o peruano José Gómez, o chileno Ramón Navarro e o australiano Jeff Rowley e saiu na frente na busca pelo tricampeonato mundial.

Carlos Burle comemora título etapa do mundial de surfe (Foto: Arquivo Pessoal/MidiaBacana)Carlos Burle comemora título da primeira etapa do
Mundial no Peru (Foto: Arquivo Pessoal/MidiaBacana)
 
Terceiro colocado na competição em 2011, o carioca Felipe "Gordo" Cesarano foi eliminado do evento logo na primeira fase, assim como o seu conterrâneo Marcos Monteiro e o baiano Danilo Couto.
- A ficha ainda não caiu, eu não esperava por essa vitória. Foi um campeonato muito disputado, com os melhores do mundo, em ondas incríveis. Uma maratona! Mas é muito gostoso sair na frente no circuito mundial. Agora é treinar para Mavericks - comemorou Carlos Burle.
A segunda parada do circuito mundial será realizada nas águas gélidas de Mavericks, na Califórnia (EUA), com janela de disputa entre 1 de novembro e 31 de março.



Confira o resultado do BWWT de Pico Alto:

1- Carlos Burle (BRA)
2- Greg Long (EUA)
3- Ken "Skindog" Collins (EUA)
4- José Gomez (PER)
5- Ramon Navarro (CHI)
6- Jeff Rowley (AUS)
7- Gabriel Villarán (PER)
7- Ben Wilkinson (AUS)
9- Jamie Sterling (HAV)
9- Will Skudin (EUA)
11- Kodiak Semch (PER)
11- Joao de Macedo (POR)
13- Sebastian de Romaña (PER)
13- Marcos Monteiro (BRA)
13- Rafael Otero (PER)
13- Kohl Christensen (HAV)
16- Nic Lamb (EUA)
16- Danilo Couto (BRA)
16- Rafael Velarde (PER)
16- Frank Salomon (AFR)
20- Peter Mel (EUA)
20- Felipe Cesarano (BRA)
20- Tamil Martino (PER)
20- Eric Rebiere (FRA)


Confira os campeões do BWWT de Pico Alto:

2003 - José Gomez (PER)
2004 - Magoo De La Rosa Toro (PER)
2006 - José Gomez (PER)
2009 - Greg Long (EUA)
2010 - Jamie Sterling (HAV)
2011 - Peter Mel (EUA)
2012 - Carlos Burle (BRA)

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

FOTOS: Mega Rampa - Rio de Janeiro 
 Por: GloboEsporte.com







 







 


 





Após quarto título seguido, Bob Burnquist afirma: ‘Posso morrer feliz’

Rei da MegaRampa fala sobre os tombos, revela que sente medo de descer rampas gigantes e diz que é a hora do Brasil descobrir novos talentos

Por Ana Carolina Fontes 
Rio de Janeiro


Após dar um show no primeiro dia da MegaRampa, Bob Burnquist mostrou por que está no topo do skate mundial. Neste domingo, o brasileiro radicado nos Estados Unidos radicalizou nas manobras e confirmou a hegemonia do evento ao conquistar o quarto título seguido, desta vez no Sambódromo do Rio de Janeiro. Maior skatista do país de todos os tempos, Bob "inventou" um jeito novo de andar de skate, com as bases dos pés trocadas, ou seja, se ele anda com o pé direito na frente, inverte e usa o esquerdo (o chamado switch).
- Eu acredito no inacreditável. De alguma forma, no decorrer dos anos, isso traduziu um jeito brasileiro de praticar o esporte. Eu sou brasileiro e não desisto nunca. Vencer a Mega pela quarta vez é maravilhoso. Moro nos Estados Unidos, mas sou carioca e disputar um evento desse porte na minha terra é muito bom. Agora posso morrer feliz - afirmou o skatista.
Bob, Mega Rampa, Rio de Janeiro (Foto: André Durão / Globoesporte.com)Apesar do currículo vitorioso, Bob admitiu que também sente medo (Foto: André Durão / Globoesporte.com)
No primeiro dia do evento mais radical da modalidade, o craque deu um susto ao sofrer uma queda na última rampa. Ele saiu mancando da pista, religou a batata da perna com a ajuda dos médicos e pôde voltar a competir. Recentemente, Bob também assustou o público nos treinos da prova de Big Air dos X-Games. O skatista que sempre pareceu imune a tombos, com uma agilidade e um conhecimento de rampas que costumam lhe tirar de contratempos, caiu de uma altura de pelo menos dois metros e precisou ficar oito horas em uma cadeira de rodas.
A recuperação, no entanto, foi rápida. Com uma técnica avançada, ele curou em três dias o que demoraria cerca de duas semanas.

- Já levei muito tombo nessa vida. Às vezes, as pessoas acham que só porque eu tenho uma megarrampa em casa, não sinto medo e nem pressão. Toda a vez que eu estou lá em cima, só desejo sair vivo, não gosto de adrenalina como muitos pensam. O meu tombo nos X-Games doeu muito. Tive uma lesão no calcanhar que eu ainda estou sentindo, e fiquei com “bunda de acaí” depois da queda – comentou a fera das rampas gigantes.
Idealizador e tetracampeão da MegaRampa, o carioca destacou o alto nível da competição, realizada pela primeira vez em sua terra natal. Bob aproveitou para comemorar a inauguração da pista de skate de Madureira, na última sexta-feira. Segundo ele, essa pode ser a chance de descobrir novos talentos no país.
- O nível este ano foi impressionante, o Brasil nunca teve uma disputa com tanta qualidade como essa. A nova geração de americanos está andando muito, eles já nasceram em uma outra realidade, dar 900o parece algo normal, mas é muito difícil. Fiquei muito feliz por conhecer a pista de Madureira, quem sabe daqui a alguns anos o nosso país não vê uma geração como essa arrebentando nas competições pelo mundo. Os moradores do subúrbio serão os milionários, com essa pista pertinho de casa.
Apesar de sentir realizado na carreira, ele ainda quer quebrar alguns recordes mundiais no Brasil. Um dos projetos seria um plano ousado: um salto de um ponto fixo para uma rampa, com uma altura de 100 pés, cerca de 30m.

- Estou pensando em saltar de um helicóptero, como se tivesse de paraquedas, mas só com o meu skate. Queria fazer isso até o fim do ano, mas é um projeto complexo e estamos trabalhando nisso – finalizou.

Símbolos de superação, deficientes físicos roubam a cena na MegaRampa

Biamputado, skatista brasileiro Ítalo Romano e americano Aaron "Wheelz", primeiro a realizar o backflip numa cadeira de rodas, são atrações no Rio

Por Ana Carolina Fontes 
Rio de Janeiro


Exemplos de superação e amor pelo esporte, o brasileiro Ítalo Romano e o Americano Aaron Fotheringham, conhecido como "Wheelz". Eles venceram as dificuldades que a vida e o medo para encarar a MegaRampa. Ítalo, de 22 anos, é biamputado por conta de um atropelamento e Aaron, de 20 anos, tem um defeito congênito (espinha bífida) e é paralítico desde que nasceu. Enquanto o primeiro desafiou a MegaRampa de skate, mesmo sem as pernas, o segundo encarou a pista gigante numa cadeira de rodas.

Wheelz cadeirante megarampa (Foto: André Durão / Globoesporte.com)Wheelz começou a andar de skate quando tinha oito anos de idade (Foto: André Durão / Globoesporte.com)
 
Quando tinha apenas 11 anos, Ítalo tentava pegar em um trem quando foi atropelado e perdeu as duas pernas. Um ano depois, o brasileiro viu no skate uma possibilidade de uma mudança radical em sua vida. Além de um meio de transporte, viu na modalidade a chance de vencer obstáculos e descobrir novos caminhos. Após ter sua primeira experiência na megarrampa na casa de Bob Burnquist, onde participou do programa Caldeirão do Huck, ele se animou a enfrentar o desafio num evento aberto. Especialista no street, o skatista também gosta de jogar vôlei.

- Meu sonho é me tornar um ícone do street e meu objetivo de vida é transmitir força e alegria a todas as pessoas. Sempre gostei de andar de skate, eu pegava emprestado dos amigos e depois acabei ganhando um de presente. Adoro pular em rampas e andar em alta velocidade. Fiquei um pouco preocupado com o vento, a megarrampa dá um certo medo, mas deu tudo certo.

Aaron também ficou assustado com o tamanho da estrutura, de 112m de comprimento e 27m de altura, o equivalente a um prédio de nove andares. Primeiro a realizar o backflip em uma cadeira de rodas, ele consegue manobras quase impossíveis para uma pessoa com a sua condição, como o duplo mortal para frente.
Eu sempre vivi em uma cadeira de rodas. Aos oito anos, comecei a andar de skate e hoje eu não quero saber de outra coisa."
Wheelz
- Eu sempre vivi em uma cadeira de rodas. Aos oito anos, comecei a andar de skate e hoje eu não quero saber de outra coisa. A sensação de descer rampas é a melhor do mundo, mas você precisa respeitar o monstro. Estive na casa no Bob outro dia, mas a experiência não foi muito boa. Quebrei os dentes na primeira tentativa e, na segunda, acabei quebrando a cadeira de rodas. Voltei para casa na vontade e estou feliz de mostrar as minhas manobras aqui no Brasil. Quero motivar aqueles que passam pela mesma situação que eu.

Logo que nasceu, o americano foi diagnosticado com espinha bífida, uma das lesões mais comuns da medula espinhal, podendo ocorrer em toda a extensão da coluna, já que não há proteção óssea. Geralmente, a espinha bífida vem acompanhada de outros problemas, como malformações de origem paralítica e congênita, atrofia muscular, paralisia flácida, hidrocefalia, diminuição ou abolição dos reflexos tendíneos e outros. No Brasil, a incidência é estimada em um a cada mil recém-nascidos.

Jean derrota o embalado Filipinho e leva WQS seis estrelas na Virgínia

Catarinense campeão brasileiro de 2010 vence etapa na costa leste ameriana e deve entrar na zona de classificação para a elite mundial de 2013

Por GLOBOESPORTE.COM 
Virgínia, EUA


Jean da Silva, campeão brasileiro em 2010, venceu uma final verde-amarela e conquistou o título do WQS da Virgínia, nos Estados Unidos, etapa seis estrelas da divisão de acesso mundial. Ele derrotou o paulista Filipe Toledo, de 17 anos, surfista que na semana passada venceu o cinco estrelas de Lacanau.

surfe Jean da Silva vence WQS da Virgínia (Foto: ASP) 
Jean da Silva vence cinco estrelas da Virgínia (Foto: ASP)

Jean somou 5,83 e, nos minutos finais, arrancou 8,93 para virar. Filipinho chegou a liderar com 8,50 e 6,50 no somatório, mas levou a virada por apenas 26 centésimos.
Jean ocupava a 41ª colocação do ranking unificado e agora vai entrar no top 34 vagas, zona de classificação para a elite mundial de 2013. Filipinho era o 19º e deve pular para o top 15.

Final:
Jean da Silva (BRA) 14.76 x Filipe Toledo (BRA) 14.50

Semifinais:
1: Jean da Silva (BRA) 15.57 x 8.20Nathan Yeomans (EUA)
2: Filipe Toledo (BRA) 17.76 x 8.20 Hizunomê Bettero (BRA)

The dark side of surf




A casa do nosso free surfer James Santos é a sweet home para os frequentadores das ondas de Santa Catarina. Com o projeto Dark Side of Surf, ele, Cassio e Fanta planejam oferecer uma festa por mês por lá. A ideia é recriar festas que viu em suas trips.
O objetivo, claro, é resgatar as raízes do surf e da música que acompanha o esporte juntando bandas que façam o som das noites e DJs que entendam qual é a dos caras. Segundo James, todo surfista tem uma forte ligação com a música em suas sessions, e é senso comum pensar no punk e rock´n´roll como principais estilos nessas horas.
Claro, isso tudo dá certo trabalho, mas eles dão conta: James organiza as bandas e cria o evento, Fanta cria e edita os vídeos da festa e Cassio fotografa tudo e capta os sons. A ideia é que esse cronograma de festas seja seguido para que, no final do ano, todo o material seja reunido.
Pra você entender um pouco melhor do que estamos falando, o vídeo abaixo é resultado da última festa que rolou. Sobre a banda, James nos apresenta a Scarlett Trio, que mandou ver no melhor do rock dos anos 70, relembrando as melhores de Hendrix, The Doors, Black Sabbath e por aí vai.

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Fenômeno de 15 anos ameaça trono de Bob Burnquist na MegaRampa

Após a inclusão dos esportes radicais no programa de atividades de parques nos EUA, nova geração domina cenário mundial. É o caso de Mitchie Brusco

Por Ana Carolina Fontes 
Rio de Janeiro


Quem olha Mitchie Brusco pela primeira vez não imagina do que aquele menino de biotipo franzino é capaz. Mas basta vê-lo em cima das quatro rodinhas para perceber que se trata de um fenômeno. No ano passado, em São Paulo, o jovem de 15 anos foi a maior revelação da MegaRampa, ao completar três vezes uma das manobras mais difíceis da modalidade, o 900º (duas voltas e meia no ar - confira no vídeo ao lado). O desempenho rendeu ao americano o segundo lugar no pódio, atrás apenas do mentor Bob Burnquist. Natural da cidade de Kirkland, em Washington, ele é uma das principais ameaças à hegemonia do brasileiro, tricampeão do evento mais radical do skate mundial, que será disputado no Sambódromo do Rio de Janeiro, neste fim de semana. A pista de 112m de comprimento e 27m de altura vai reunir ainda grandes nomes do BMX.

Mitchie Brusco skate MegaRampa (Foto: Ana Carolina Fontes) 
Com o Cristo Redentor ao fundo, Mitchie visita a Lagoa antes do treino (Foto: Ana Carolina Fontes)

 - No ano passado, eu não pensava em fazer os 900º, foi aleatório, não estava nem praticando. Foi um truque doido que saiu da cartola. Não sei se vou conseguir repetir, mas é uma esperança. O 1.080º é bem difícil, mas, quem sabe... Hoje em dia, muitas crianças e adolescentes estão fazendo manobras incríveis e inimagináveis, é uma motivação para todos os skatistas. São jovens normais, que simplesmente gostam de andar de skate e experimentar coisas novas. As pessoas estão olhando o esporte de uma forma diferente, sem preconceito, isso é muito legal.

Mitchie Brusco e a mãe Jennifer skate MegaRampa (Foto: Ana Carolina Fontes)Mitchie Brusco e a mãe, Jennifer, na Lagoa
Rodrigo de Freitas (Foto: Ana Carolina Fontes)
 
Apaixonado por skate, ele optou por estudar em uma escola online para ter a liberdade de competir o ano inteiro. O sucesso e a habilidade nas quatro rodinhas têm levado Brusco e sua mãe, Jennifer, para inúmeras viagens mundo afora. Atenta a todos os passos do pupilo, a mãe-coruja conta que Mitchie tem uma vida normal, assim como todo o adolescente da sua idade. Gosta de sair com os amigos, jogar golfe, frisbee e ir ao cinema. Dos cinco filhos, ele é o único skatista. Começou com apenas três anos numa pequena pista de um shopping e não parou mais.
- Fico muito feliz ao vê-lo andar de skate, ele ama o esporte mais que tudo. Não tenho medo de ver meu filho no alto de uma rampa, todos os movimentos são estrategicamente planejados, ele sabe exatamente onde vai aterrissar. Os skatistas mais velhos são como irmãos para ele, cuidam dele nas competições e dão conselhos - revelou Jennifer.
Além de Mitchie, Noland Munroe, Adam Taylor, Elliot Sloan, Jagger Eaton, Trey Wood, Alex Sorgente e o australiano Jake Brown são os estrangeiros confirmados. Os brasileiros que marcam presença no evento são Bob Burnquist, Rony Gomes, Marcelo Kosake, Lincoln Ueda, Edgard Pereira, Martín André e Ítalo Penarrubia. A MegaRampa 2012 terá transmissão do SporTV, no sábado, e da TV Globo, no domingo, dentro do Esporte Espetacular.


Parques de treinamento são celeiros de atletas

Mitchie Brusco e crianças Lagoa skate Rio de Janeiro  (Foto: Ana Carolina Fontes)No passeio pelo cartão-postal carioca, Mitchie atraiu
a atenção de crianças (Foto: Ana Carolina Fontes)
 
Assim como Mitchie, vice-campeão do X-Games, outros adolescentes estão dominando o cenário mundial. Os novos talentos começaram a despontar depois que alguns parques, conhecidos como Woodwards, passaram a incluir os esportes radicais em seu programa de atividades.
O primeiro camping foi aberto no verão de 1970 apenas para a ginástica artística, com toda a infra-estrutura necessária para a formação de atletas. Em 2008, os donos dos parques viram em modalidades como o skate e o BMX uma opção para atrair os jovens. Foram construídas rampas de todos os tipos (de minimegarrampa a pistas de terra), além de corrimãos e obstáculos que simulam o ambiente urbano. Não demorou para pipocarem promessas. Atualmente, existem quatro Woodwards, dois na Califórnia, um no Colorado e outro na China.
Quando esses meninos olham os mais velhos realizarem manobras complexas, pensam: "Por que não tentar?". Eles não têm medo de arriscar um movimento. E os parques ajudaram a desenvolver ainda mais o potencial dos jovens"
Jennifer Brusco
Outra revelação é o americano Tom Schaar, de apenas 12 anos, que entrou para a história ao completar a manobra dos 1.080º (três giros no ar), em uma pista na Califórnia, em abril deste ano. O feito se repetiu nos X-Games da Ásia, no fim do mesmo mês. Com a manobra, ele conquistou a medalha de ouro, deixando Bob em segundo, com Rony Gomes completando o pódio. Para Jennifer, o surgimento dos parques está ligado à descoberta dos talentos.
- Quando os meninos dessa geração olham os mais velhos realizando manobras mais complexas, eles pensam: "Por que não tentar?". Eles não têm medo de arriscar um movimento diferente. E os parques ajudaram a desenvolver ainda mais o potencial dos jovens. Eles têm toda a estrutura para experimentarem os movimentos com segurança, já que existem colchões e espumas para diminuir o impacto de uma possível queda.