Para o ano de 2011 o surf do Brasil promete!
Estamos chegando numa fase do amadurecimento do que eu chamo de “geração de ouro”´. Além dos nossos cinco monstros que irão representar o Brasil no WT, existe uma geração de excelentes surfistas/competidores que estão cada vez melhores e chegando no ponto de “ebulição” para o WT.
O circuito WT mudou. O velho formato de 44 tops encolheu para apenas 32, além dos wildcards. A pontuação foi ajustada nesta virada de ano e os campeonatos Prime, que são muitos este ano, estarão dando uma boa oportunidade de inclusão no WT, pontuando para o vencedor o equivalente a uma terceira colocação num WT.
Já num WT, se o surfista não chegar pelo menos em nono colocado consistentemente, a pontuação para os 25º e 13º são bem fracas. No meu ponto de vista, eu aprovo o novo modelo do WT, que achei ser um formato brilhate!
O fato de existir duas repescagens e mais duas fases de três competidores onde a vitória é valorizada e não há desclassificados, permite mais oportunidade a todos.
No final do ano, na arena do North Shore, a maneira dramática como os dois últimos brasileiros se classificaram para o WT foi notável. O jovem Alejo foi consistente o suficiente para conseguir resultados significativos em Haleiwa e Sunset.
Isso é algo considerável, pois sob a pressão intensa de serem as últimas oportunidades o surfista conseguir trocar seus resultados e crescer no ranking na Meca do surf, não é para qualquer mente psicológica, não!
Já o Raoni, além de vencer um campeonato épico e colocar o seu nome na seleta galeria dos campeões de Sunset para sempre, recebeu a pontuação de vitória num evento Prime e se incluiu no WT 2011 no melhor “style”!
Heitor Alves teve um ano muito consistente de vitórias em eventos seis estrelas e uma vitória no Prime das ilhas Canárias. Ficou confortável e merecidamente incluído no WT, já antes do final dos eventos havaianos.
Os dois melhores representantes do nosso país que se mantiveram no WT, Mineiro e Jadson, estão mais acostumados com esse novo formato de 36 competidores. Eles se mantiveram no pelotão da frente em 2010 e Jadson conseguiu a façanha de uma vitória em seu ano de estréia, quase ganhando o título da ASP de “Rookie of the year”.
Neste ano de 2011, tudo indica que o time brasileiro do WT, puxado pelo exemplo e pela garra de Mineirinho e adicionado ao sangue novo de Alejo, a radicalidade de Jadson, a imprevisibilidade de Raoni e ao talento do Heitor, deve surfar pelo título mudial!
A geração que vai representar o Brasil no World Star (antigo WQS) fortalece o nível que o nosso país representa hoje no surf mundial. O time do Brasil no Pro Jr, que vai rolar em North Narrabeen entre 8 e 16 de Janeiro, é o espelho desta “geração de ouro” que está florescendo e brilhando nos campeonatos pelo mundo a fora.
Os gringos sempre vão ser bons, o Slater é o fenômeno consagrado, os australianos são e sempre serão casca-grossa, mas acredito que o momento do Brasil está chegando!
Boa sorte e boas ondas à todos os surfistas brasileiros em 2011!
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