segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Indonésia - Surfistas voltam pouco antes do Tsunami

Há cerca de um ano, um grupo de cinco amigos, que surfam juntos todo final de semana no litoral norte de São Paulo, resolveu realizar seu sonho, o de surfar em algum lugar ainda pouco explorado, com altas ondas e apenas alguns surfistas. Eles resolveram desta vez ir surfar no arquipélago de Sumatra, Indonésia. As expectativas eram tão boas que o grupo de cinco logo se tornou nove.

Só que mal chegaram ao Brasil e se depararam com a notícia de um terremoto de grande amplitude, próximo da área onde estavam há menos de um mês, e que resultou em mais um Tsunami e um número ainda crescente de vítimas. Um dos lugares atingidos, a cidade de Padang, foi o porto de partida e chegada do grupo, que é um dos que mais foi atingido pelo famoso Tsunami de alguns anos atrás, e ainda guarda muitas marcas, com casas e construções rachadas ou semi demolidas.

"Mas a Indonésia tem um povo guerreiro que continua lutando, e independente do que aconteça, continua sendo o mesmo povo receptivo e sorridente, que faz com que sempre tenhamos a vontade de voltar", conta Paulo Bannys, um dos integrantes do grupo e dono da Oficina Paulista de Surf, que agora nos conta um pouco desta viagem...

"...Apesar de estar apenas a quatro horas das famosas Mentawaii, o local ainda se conservava inexplorado e apenas alguns poucos surfistas já haviam tido o privilégio ou a coragem de surfar por lá, nos incluímos nesta parte.
Depois de mais de 24 horas voando e loucos para descansar, nos deparamos com um barco de pesca adaptado com oito camas. Teríamos que nos revezar para dormir nas próximas 15 horas que nos separavam do porto de Padang ao nosso destino. Chegamos exaustos ao amanhecer, mas enfim a parte boa havia chegado. O visual era o que vemos nas revistas; água azul transparente, areia branca circundada por uma faixa de corais e uma onda que vem desenrolando perfeita até acabar em um canal. Foram duas semanas de bom surf, digo “bom” por já conhecer diversos lugares e imaginar como seria se a temporada fosse melhor, já que a Ásia toda está recebendo, desde Abril, fortes chuvas e ventos em plena estação seca.

Mas para nós brasileiros, acostumados com fundos de areia e ventos que viram a toda hora, estava show!
A volta parecia mais longa que a da ida, mas as fotos, histórias e risadas pelas roubadas que acabávamos de passar, pela precariedade do lugar, nos ajudaram a minimizar tempo entre um aeroporto e outro...

Terimah Kasi”, se despede Paulo, com um obrigado em Bahasa, que é a língua oficial da Indonésia.

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