Ao contrário de ter uma data específica para acontecer, esta competição tem uma janela de espera de 3 meses, que se estende entre os dias 1 de dezembro e 28 de fevereiro, o que significa que o evento pode ser realizado em qualquer dia durante este longo período.
O tempo de espera assegura que as condições de surf sejam ideais para as disputas e estejam à altura de uma prova de tanto prestigio como a ‘The Jay at Mavericks’. Os surfistas convidados estão em “standby” e quando há previsão de uma chamada todos se colocam em ‘Half Moon Bay’ rapidamente.
Para Sponsler, a tarefa de prever as ondas é simples e se resume a uma ciência básica. Ele é o responsável pelo site ‘ http://www.stormsurf.com/ ’, precisamente um endereço eletrônico de previsões globais para todo o mundo. Apesar de na ser um meteorologista, se considera um autodidata.
É Sponsler que notifica os organizadores do evento quando existe uma probabilidade de boas ondas, mas o processo é bem maior e acaba sendo uma união de vários fatores: “quando pensamos que está na hora, eles (os surfistas) falam entre si sobre as condições e se estas são as melhores. Em caso de haver unanimidade, a chamada é feita,” afirma Sponsler.
"Posso fazer tudo digitalmente,” refere. “Verifico a informação entre 3 a 4 vezes por dia – até posso estar no topo da montanha esquiando e estou de olho nas condições.” A primeira consulta do dia é às 6h30h da manhã.
Sponsler entrou no mundo das previsões do surf construindo modelos analíticos. Utilizando uma série de bóias que estão espalhadas por todos os Oceanos e que pertencem a ‘U.S. National Oceanic and Atmospheric Administration’ (NOAA), mas também de outros países.
Equipadas com um sistema digital e com sensores denominados ‘Iridium Satellite’, as bóias medem a altura das ondas, o período das mesmas, a intensidade e velocidade do vento, além da pressão atmosférica. As bóias passam esta informação por satélite para o quartel general da NOAA e, em seguida, chegam ao computador de Sponsler, que tem autorização para utilizar esta informação.
"Como as bóias estão longe da costa podemos mesmo ver a ondulação a chegar”, diz Sponsler. O computador do norte americano processa depois a informação em tempo real e, através de algarismos desenvolvidos e que lhe dão as previsões do surf.
Que tipo de condições procura então para o evento começar? “Quero que as bóias leiam um bom swell de 10 pés com 18 segundos de período entre cada crista de onda. O vento também tem que ser o ideal quando a ondulação chega, junto com a maré vazia”.
Apesar de no momento da cerimônia de abertura do ‘The Jay at Mavericks Big Wave Invitational’ (na segunda- feira passada) não haver grande otimismo para o arranque da prova, Sponsler acredita que ainda na primeira quinzena do mês grande ondas vão surgir e o evento vai ocorrer.
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